Mais de duas centenas de voluntários estiveram envolvidos na ação de reflorestação que os Amigos da Montanha levaram a cabo, sexta-feira e sábado, junto da sede da SOPRO e no “Souto dos Burros”, junto ao rio Cávado, em Barcelinhos. Durante a ação de reflorestação, foram plantadas mais de 300 árvores autóctones, feita a limpeza da zona, construído um talude e criados abrigos.
O antes e o depois. A proliferação de plantas invasoras, o lixo deixado do chão, o abandono. Este era o antes. O depois chegou sábado e contou com a participação de várias dezenas de voluntários.
Conscientes da importância ambiental, há anos que os Amigos da Montanha desenvolvem ações de reflorestação. No último sábado, a ação aconteceu na margem esquerda do rio Cávado, no “Souto dos Burro”, em Barcelinhos. Estiveram envolvidas cerca de duas centenas de pessoas e foram plantadas mais de 300 árvores, entre amieiros, azevinhos, medronheiros, freixos, bétulas, carvalhos e aveleiras.
Mas a ação de reflorestação tinha começado no dia anterior, sexta-feira, com uma plantação de árvores autóctones junto à sede da SOPRO, em Barcelinhos, iniciativa que juntou cerca de 50 pessoas entre colaboradores dos Amigos da Montanha e da equipa de voluntários do Corpo Europeu de Solidariedade da SOPRO, através do projeto “Take Care Your Home: Body and Earth”.
A estes, sábado, juntou-se um grupo de entusiastas, homens, mulheres e muitos jovens e crianças. Famílias inteiras que passaram a manhã no “Souto dos Burros”, junto ao rio Cávado. Foram recolhidos alguns monstros domésticos e muitos plásticos, que estavam escondidos por entre a vegetação. O grupo de voluntários – atletas da formação dos AM, Profitecla, Associação de Pais da EB1 de S, Brás (Barcelinhos), Escola Secundária de Barcelinhos, A Barca, Centro de Catequese de Santo António, colaboradores da Leroy Merlin de Barcelos e diretores, equipas e colaboradores dos AM –, com a ajuda de sacholas, pás, motosserras e outros equipamentos, limpou o terreno e construiu habitats, com o recurso a madeira morta, importante para certos anfíbios, insetos e répteis como abrigo, mas também como alimento. Foram também criados taludes, com a ajuda de estacas, ramos e troncos, de forma a suster as terras que foram mexidas durante o processo de limpeza e plantação das árvores. Pelo meio, encontrámos várias espécies animais, que demos a conhecer, em especial, aos mais pequenos.
E se dessemos nome às árvores?
Há muitas formas de educar e sensibilizar os mais jovens para as causas ambientais. O exemplo é uma delas e foi isso que tentámos fazer, ao envolvê-los nas ações que fizemos. E houve até quem quisesse dar nome às árvores que ajudou a plantar, numa perspetiva lúdica de aprender, juntando convívio e alegria entre gerações. Se a maioria dos voluntários é local, houve também quem se juntasse a nós vindo praticamente do outro lado do mundo. Foi o caso de um casal de americanos, que deixou Boston e escolheu Barcelos para viver. O casal soube da nossa iniciativa e quis juntar-se a nós.
A par da reflorestação, foi também feito controlo de espécies invasoras, arrancando ervas-da-fortuna e através do descasque dos troncos de mimosas e acácias.
A ação de reflorestação contou com o apoio do Município de Barcelos e da Junta de Freguesia de Barcelinhos.
Ao longo dos anos, os Amigos da Montanha têm desenvolvido várias ações de reflorestação. Nos últimos anos, o Monte do Cresto, em Fragoso, foi o palco mais visível dessas ações, com a plantação de mais de sete mil árvores e o lançamento de 20 mil granadas de sementes.